sábado, 6 de novembro de 2010

Capitulo 28

Capitulo 28 :

Ele sorriu.
- Não para mim.
Minha mãe veio a meu encontro chorando, as lagrimas por nenhum momento a deixou. Ela secou as novas lagrimas que surgiram de seus olhos e então começou a falar:
- Meu bem, tudo vai da certo. Se o seu pai não estiver presente em sua formatura é que não era para ser assim. – ela suspirou e então continuou – Eu sei o quanto isso significa para você, mas...
Eu não a deixei continuar. Não queria ouvir mais consolos. Não agora.
- Me leve para casa – implorei – Por favor, é tudo o que eu preciso agora.
- Filha, eu não acho...
- Gina, leve Vanessa para casa – Zac a interrompeu – Ela precisa descansar.
Eu assenti. Zac em parte tinha razão, eu estava cansada mais algumas horas naquela sala eu desabaria. Meu corpo estava mole e rígido. Minha mãe beijou a testa de Zac e agradeceu por ele ter me ajudado.
Zac me abraçou e beijou minha testa.
- Não chore mais. Vai dar certo – ele cochichou em meu ouvido.
Minha mãe se ofereceu para levar Zac para sua casa. Ele apenas disse que iria passar no mercado para a mãe e logo iria para a casa.
No caminho para o carro minha mãe tentava me tranqüilizar, mas nada que ele falava me deixava de fato calma. “Tudo o que meu pai havia sonhado a vida inteira estava prestes a se perder por causa de um acidente” pensava comigo mesma. Essa era a minha desculpa por tantas lagrimas derramadas.
Stella estava parada na porta de casa, desesperada. Quando ela viu o carro preto chegando ela se levantou em um pulo e começou a gritar:
- Vanessa onde você se meteu? A escola ligou aqui e está todo mundo preocupado com você! Ninguém sabe de nada.
- Stella, não se preocupe com isso. Eu cuidarei disso mais tarde.
Ela assentiu. Não esperei o resto da discussão para ir para o meu quarto.
A cama parecia sussurrar meu nome e a cada segundo sussurrava mais alto. Deixei que meu corpo desabasse sobre ela e então, os minutos se passaram mais rápidos, embora o tempo não ajudasse. Logo a noite veio tomando lugar, ela devorara o dia em questões de minutos.
Toda a depressão que veio em mim amparou o tempo a passar mais rápido.

OUTUBRO

NOVEMBRO


21 de Novembro
- Vanessa, levanta dessa cama – gritou minha mãe. – Se você continuar assim, vou te levar ao um psicólogo.
Peguei o travesseiro mais próximo e o coloquei sobre minha cabeça. Nesses momentos o que mais me acalmava era o aconchego da escuridão, o que por acaso, era irônico.
Os passos da minha mãe pesavam no assoalho limpo.
- Vanessa Anne Hudgens, levanta agora – ela gritou abrindo as janelas do meu quarto.
A luz que entrou ofuscante no quarto fez meus olhos se cegarem por alguns instantes, naquele fim de semana eu não a senti por um mísero segundo, apenas a escuridão tomava conta do meu quarto, fazendo-me afundar nos meus pesadelos, mas mesmo assim era a escuridão que me aconchegava.
- Vane, você está matando a todos com essa depressão – ela suspirou e então continuou – Querida, você não fala com ninguém, não come. Todos os dias o Zac, a Demi e a Ashely ligam aqui preocupados com você. Eles não conseguem mais fazer você dar o seu lindo sorriso. Você parece estar à beira da morte.

**Continua??**

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Capitulo 27

Capitulo 27:

Tudo agora para mim não parecia ter sentido, tudo estava perdido.
Zac beijou minha cabeça.
- Não se preocupe – ele sussurrou – Por mim.
Em resposta apenas sacudi a cabeça.
- Eu sei que vai – ele continuou – Acredite em mim.
Não tinha resposta. O que uma filha pode dizer nesse momento?
Meu coração palpitava dentro de mim. Ele queria ver as lagrimas em meu rosto, mas eu não as deixei sair, eu as deixei presas. Pelo menos assim poderia transmitir um pouco de tranqüilidade para Zac.
- Eu te amo – ele murmurou.
- Eu também.
- Minha vida é você – ele continuou.
Afastei-me de seu ombro e o olhei nos olhos. Aqueles pequenos olhos azuis, eles me aliviavam.
Sorri timidamente. Eu não tinha palavras. Nunca, em toda minha vida um garoto me tratou como ele – nem mesmo o Andrew. Todas as horas ele dizia coisas que me surpreendiam, todas as horas ele dizia que me amava.
Deixei meus impulsos me conduzirem. Eles me chegaram mais perto de Zac, tão perto que pude sentir sua respiração, o seu hálito. Ele mordeu o lábio inferior – ele sempre fazia isso quando estava nervoso – provavelmente não sabia reagir ao que eu queria. Zac pegou uma mecha de meu cabelo e a colocou atrás de minha orelha. Senti-lo tão perto de mim fazia com que meu coração pulasse de imediato.
- Não posso lhe dar isso agora. Mais tarde talvez. – murmurou.
- Me acalme – pedi.
- Meu amor, agora não é o ideal. Eu te acalmo de outro jeito. – ele soltou um sorriso malicioso. Sorri junto com ele.
Ele tinha razão, não era hora e nem lugar para aquilo. Todo o desespero havia me tomado e eu queria uma simples maneira de livrá-lo, não pensei em minhas atitudes naquele momento.
- Desculpe – sussurrei.
- Não há nada com que se desculpar. Eu sempre estarei te esperando.
- Sempre não é uma palavra muito forte?
Ele sorriu.
- Não para mim.

**Continua??**